domingo, 30 de novembro de 2008

Feito Pra Você




Se a noite foi feita pra dançar
Por que ficar aí parada
Esperando acontecer
Se tudo foi feito pra você?

Será que é mais simples de dizer
Ignorar,
Fazer de conta que nada aconteceu
Ou foi você que não entendeu?

Quero ficar do seu lado
Quero apostar no futuro
Como se não tivesse mais nada pra perder

sábado, 29 de novembro de 2008

Voltamos!


Sim, nós voltamos, não a “BraguilhAberta!”, mas nós, Renato, Ricardo, Kaká e Van.
A Braguilha ficou lá atrás, muito bem homenageada, cheia de memórias, mas passou, está bem gravada em nossas vidas. Que os Deuses do Rock n’ Roll a tenha em berço esplêndido.

Nós quatro voltamos e agora muito bem resolvidos, aliás, tão bem resolvidos que voltamos.
Não deu para ficar longe do barulho que silencia nossas angústias, definitivamente não deu.
“Preciso de um tempo para mim!” Então voltamos.

Parecia tudo igual, a mesma química, a mesma excitação de outrora, mas bem resolvidos. Mais leves conosco, mais cientes do que queríamos tirar de nossos instrumentos ali, na nossa volta, não sonhos e sim realidades.

O nome da nova banda? Sim, a banda é nova, suas letras, suas músicas, mesmas aquelas da saudosa só entraram as inéditas, logo, a banda está cheirando a tinta. Mas e o nome? Sei lá? Isso sim está difícil, nada de original ou inédito apareceu ainda, espero em breve publicar quem é a minha nova banda...
Mas enfim, voltamos!

Vida Bela, Vida Amada


O amor está ao lado
onde menos pode ver
Procuramos muito longe
e ninguém pra responder

Hoje o tempo não espera
e também não diz mais nada
De um olhar a minha vida
vida bela, vida amada

Tantos dias pra notar
tantas noites pra te ter
Se a espera faz valer
hoje vejo acontecer

Se a vida é tudo isso
existir, enaltecer
Minha vida é tudo aquilo
o que sinto por você

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Minha caixa de sapatos


Hoje acordei e ao sentar na beirada da cama avistei uma antiga caixa de sapatos, instintivamente fui ao seu encontro.

Há tempos ali não repousava mais um velho par de sapatos, há tempos eu não sabia exatamente o que havia ali.

Por que mexer naquela caixa agora, que durante muito tempo esteve ali, onipresente, se mostrando em todo alvorecer para mim, estática, como alguém que me observava ironicamente esperando o dia em que eu a entendesse?

Não sei. Só sei que hoje fui ao encontro dela.

Um vento forte se fez presente na agitação raivosa das cortinas me empurrando até ela. “Venha logo meu rapaz, não tenha medo.”

Caixa fala? Vocês nem imaginam como.

Hoje inconscientemente quis exorcizar fantasmas que nem sabia que existiam, hoje inconscientemente consegui enxergar aquela velha caixa de sapatos.

Estávamos ali, só eu e ela, separados por meros centímetros. Centímetros?

Cigarros? Ela não me respondeu. Biscoitos? Um silêncio mútuo se impôs perante nós naquele angustiante momento.

Resignado sentei ao seu lado. Centímetros?

Como um algoz ela dirigiu-se em minha direção, imponente, impassível, ciente de sua missão. E ali entre mim e ela, como um cuspe em meu rosto, jogaram-se as cartas, essas que hoje resolvi entender.

Meros centímetros. Centímetros?

Minhas camisetas rasgadas estampando minhas bandas de Rock n’ Roll subjugaram-se as camisas de estampas finas e gravatas, meu contrabaixo elétrico, como num toque de mágica, já não era mais ele, minhas mãos não tocavam mais em cordas, agendas e canetas apareciam por entre elas.

Amigos importantes, amigas confidentes, shows inesquecíveis, os afagos e as broncas de meus pais estavam ali, longe de mim. Tudo em minhas mãos, muito longe de mim.

Hoje entendi a minha caixa de sapatos.

Jamais é tão tarde quanto o nunca.

Tudo é cíclico, ela vai querer falar comigo outras vezes, deixou isso bem claro. Vai caber a mim se a reencontrarei com saudades ou com remorso.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Marcado La Carne


Já se foram 14 anos daquele mês de dezembro de 1994, com eles muito barulho, distorção e prazeres juvenis extravazados da forma mais pura e sincera para quem sempre acreditou que letras e instrumentos em punho eram as maiores armas de libertação e exorcismo do comum. Éramos diferentes, acreditávamos nisso e fazíamos por onde.


"Ai de quem falar que a Braguilha não está aberta!" Disse uma vez, para quem quisesse ouvir, o vocalista do Ira!


Em jornais de grande circulação estava lá o nosso CD, coberto de elogios. Porra! Éramos os maiores, até na TV aparecemos!


Shows em grandes casas! "Só falta o sucesso! É Questão de tempo!" Pois é, esse tal de tempo, ele veio e atropelou-nos sem nem pedir licença!


As cordas enferrujaram-se, os amplificadores desligaram-se, as cortinas fecharam-se dando licença para o real, para o fim da juventude e dos sonhos mais gostosos que dela faz parte. Por um instante a Braguilha Aberta, depois BraguilhAberta, estava lá, guardada no fundo do baú das bandas de garagem de minha cidade, esquecida, resumida aos agora adultos que daquela história fizeram parte de cima do palco.


Meu! Ninguém lembra "do" Braguilha??? Como é possível???


Tudo bem, não fomos um "La Carne", mas estávamos lá, na mesma estrada, acompanhando-os e admirando-os, né não Kaká?!


Aliás, alguém já viu e ouviu o novo CD do "La Carne"??? Eu já e indico. Muita gente boa o indica também. Né não Clemente?!


Ah! Não esqueçam de ler o encarte do CD. Está lá nos companheiros de estrada... Braguilha Aberta.


Obrigado La Carne, vocês fecharam a história dessa banda com chave de ouro.

Boas vindas ao anjo novo







O brilho de uma estrela de intensidade ímpar;

Um ser imaculado cercado de paz;

O poder de um afago angelical com um simples olhar;

Um sorriso que devasta corações sedentos de amor;

O motivo de uma força sobrenatural para lutar por ti;

Um presente de recordações maravilhosas e ambições futuras;

O auge da alegria de um mero mortal, como eu, impotente perante a grandeza desse ser tão pequeno.

Laura, te amo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Um blog aos 30 anos???




Pois é, três décadas se foram e o cidadão que aqui vos fala, se é que fala para alguém, resolveu navegar por mares até então desconhecidos por ele.

Permito-me perguntar... O que é um blog? Aliás, o que posso fazer com um blog? Seria uma forma de aproximar-me de você, caro transeunte virtual que por um acaso caiu por essas bandas? Compartilhar o que adquiri de bagagem durante esses tantos trinta anos que aqui estou?

Posso falar sobre o que? Do que se trataria esse blog? Porque só agora me interessei por um? O que faria você se interessar por ele também?

Vamos compartilhar meu cotidiano profissional? Acho que não, depois das 18:00h chega de gravata. Política? Estou deveras envolvido na política familiar ultimamente, coisas do tipo filha e esposa, de resto deixei de expôr pontos de vista.(Espero não cair em contradição.) Futebol? Bem...talvez. Deixando bem claro que será um ponto de vista passional lá pelas bandas do glorioso Alvi-Negro do Parque São Jorge.

Confesso que me pesou essa história de completar trinta primaveras, junto veio um mar de reflexões e teorias conspiratórias do tipo, agora preciso me cuidar. Tudo aquilo que fui, que sou e que gostaria de ser vieram à tona me perseguindo de forma devastadora, me forçando a tomar atitudes que outrora jamais passariam pela minha cabeça...

Sou pai de família, uso trajes sociais e...??? E que a banda voltou, estou há quase quatro meses sem fumar, e não sinto falta, perdendo algum peso extra adquirido no auge do ócio e principalmente curtindo minha esposa, minha filha, meus pais e irmãos e meus amigos, afinal um homem de 30 anos tem uma visão mais clínica daquilo que precisa valorizar ao seu redor do que quando ele tinha 20, e espero do fundo do coração que a minha crise dos 40 venha cheia de reflexões como as que estou passando agora.